quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Pensamento Novo - 3ª Parte

Quando observamos a natureza com um olhar atento, percebemos alguns padrões que se verificam em seu comportamento. Por exemplo, animais e humanos, para se descolarem de um ponto a outro, pelo seu próprio esforço, fazem movimentos de contração e distensão. Para darmos um passo é preciso contrair os músculos da perna e, assim, dar o impulso necessário para frente.


Nosso sistema circulatório é irrigado, basicamente, pelo movimento sistólico e diastólico do coração que, na contração-dilatação, pressiona o sangue através dos vasos sanguíneos. Para atirarmos uma pedra é preciso recuar o braço, portanto, contraí-lo e, depois, num movimento brusco para frente, soltá-la da mão. Assim, podemos dizer que há um algoritmo do movimento no Universo, uma receita substantiva que responde pelo que chamamos de movimento.


Mas, não é só no movimento que percebemos o padrão. Os cientistas nos dizem que as leis da física são as mesmas em todo o Universo. Por exemplo, a lei de gravidade ("os objetos se atraem através de uma força direcionada ao longo da linha que passa pelos centros dos dois objetos e que é proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os dois objetos"). Esse princípio newtoniano se verifica em todo o Universo.
Os astros celestes têm, via de regra, uma forma esférica (exceto certos asteróides originados de impactos em objetos de grande magnitude). Essa forma esférica se deve, basicamente, às quatro forças fundamentais conhecidas que se verificam no Universo: a força forte, responsável pela estabilidade do núcleo atômico, a força fraca ligada aos decaimentos das partículas, a força eletromagnética que se manifesta nos fenômenos de atração repulsão entre cargas elétricas e a força gravitacional que responde pela atração entre os corpos. Portanto, assim como temos um algoritmo vinculado ao movimento, temos também um padrão algorítmico na essência das formas geométricas universais. Essas quatro forças, agindo simultaneamente, “induzem” à estruturação de formas esféricas. Em outras palavras, o Universo se organiza em face de uma simetria que se revela em dimensões e estéticas diferentes, porém resguardando sempre uma auto-similaridade com a “receita” fundamental.


Há, portanto, uma relação simétrica entre forma e estética, essência e aparência, substância e acidente, instante e acontecimento, acontecimento e transformação, etc.


Mas, essa relação simétrica também se verifica nas pessoas. Há uma simetria entre, por exemplo, etapas biológicas e etapas biográficas na vida na vida das pessoas.

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